quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

este ano não celebro natal. não vou dar prendas a ninguém, não quero sequer ouvir falar de natal.
a única coisa que quero deste natal é estar com os emigrantes. só porque é que a única altura do ano em que toda a gente está no mesmo país.
façam portanto as malas e venham-se embora. só isso. quero encher-vos de <3.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

mas de qualquer modo o mundo não é justo nem nunca foi. tudo pode acontecer. e isto não é animador.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

espero que 2008 não esteja a ser uma preparação para 2009...

acho que não mereço.

domingo, 14 de dezembro de 2008

2006 foi o melhor ano.
2008 foi o pior, independentemente do que aconteça daqui para a frente.
2007 foi só uma preparação para 2008 não parecer tão mau como pareceria se eu passasse directamente de 2006 para 2008.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

é inacreditável a força que uma pessoa tem.

compraste o bilhete de metro e ele não passa, ficas irritado, mandas umas asneiradas, é o suficiente para começares mal o dia. o benfica podia ficar em 1º mas empata com o cu-de-judense e não fica, ficas todo lixado, dizes mal da vida. sais de casa à pressa, atrasado, pisas merda de cão, nada te parece pior, não há nada que te possam dizer para melhorar o teu humor. vais a uma entrevista, queres mesmo ficar com o emprego, escolhem outra pessoa, parece o fim do mundo e sentes-te um monte de bosta.

isso é zero.

quando a vida corre mesmo mal... é inacreditável o que és capaz de suportar antes de a primeira lágrima chegar a cair.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

dedicatória #10


a minha cococinela faz anos hoje. somos amigas desde as praxes, fizemos a faculdade juntas. já nos zangámos umas quantas vezes, mas não sabemos viver uma sem a outra. este último ano foi o mais intenso de todos. ela foi a minha família presente, foi a encarnação de tudo o que eu tinha espalhado pelo mundo; era a ela que contava em 1ª mão as coisas boas, as coisas más, as dúvidas, os filmes e telenovelas; foi com ela que vivi as duas primeiras semanas (as mais difíceis), era ela que me aquecia o leitinho antes de dormir e fazia as torradas do pequeno almoço enquanto eu tomava banho (quando era ao contrário refilava sempre porque eu punha pouca manteiga); foi ela que foi comigo ver casas quando eu ainda tinha vergonha de falar portunhol, foi ela que dormiu comigo no meu dia de anos e foi a primeira a dar-me os parabéns, e me ajudou a organizar tudo no dia de aniversário mais solitário que já tive e foi ela que passou a 6ªfeira santa comigo na cozinha de pé a preparar 101 maneiras de fazer bacalhau.





nunca ninguém vai saber a alegria que me dava dia-a-dia quando aquela cara familiar com um sorriso meio tímido entrava pela porta de vidro do laboratório para me roubar para uns momentos ao sol perdidos em conversas, sermões, conselhos e cusquices.

soubemos tudo o que cada uma pensou, fez e sentiu durantes estes longos meses e nunca nada nem ninguém vai poder apagar isso. as bravas partilhadas, o parc güell, os bancos na praça do sol e na rius y taulet, as idas à praia, o IRB, as cool-off sessions, a sala das moscas, as idas para o trabalho de bicicleta (8h45 na esquina da gran de gràcia), os almoços aquecidos no microondas e com guardanapos feitos de papel de laboratório, as saídas à noite sempre frustradas pelo grupo de velhos, tudo isso é nosso.

quando penso em barcelona penso em ti, mas quando penso em ti não penso só em barcelona, percebes? és muito maior que isso. mas barcelona vai ser sempre nossa. é a nossa cidade. barcelona sim, é a cidade do amor.