quarta-feira, 26 de novembro de 2008

palavras de ordem #7

optimismo
hoje, cada vez que começar a pensar que a minha vida tá uma merda, vou pensar na sara.
apesar de tudo tudo tudo, a vida vale a pena viver. e eu dizer isto neste momento da minha vida é dizer muito.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ou 8 ou 80

quando eu era muito pequenina (aí uns 4 anos) e os meus pais falavam em ir ao cinema à nossa frente, eu e o meu irmão ficávamos logo histéricos. eu perguntava "prometes?" e eles diziam que sim. às vezes acabávamos por não poder ir, por este ou aquele motivo, e depois eu acusava-os "mas tu prometeste!".
então eles adoptaram outra estratégia - começaram a falar em inglês entre eles naquelas situações em que não podiam sair de ao pé de nós (tipo no carro). mesmo tentando evitar a palavra "cinema" e usando "movie", o que eles nunca perceberam foi qual o momento em que eu passei a perceber inglês. de repente diziam "movie" e eu começava aos gritos "DIOGO, DIOGO, VAMOS AO CINEMA!". da primeira vez eles desataram a rir-se, ficaram orgulhosos da sua filha autodidacta que aprendeu inglês sozinha com a sesame street e os duck tales, mas rapidamente isso se tornou um problema, dado que o meu pai se recusa a falar franciu e não havia mais nenhum idioma à disposição.
a solução foi o "logo se vê". "talvez". mas eu sempre interpretei um "logo se vê" e um "talvez" como um "sim" com timing. ainda hoje em dia o faço.
e detestava quando, ao fim de uma tarde inteira cheia de expectativas, me apercebia de que não íamos ao cinema. é o pior que se pode fazer uma pessoa, deixá-la pensar uma coisa e depois não ser nada disso. principalmente se for uma pessoa de 6 anos.
foi, portanto, aos 6 anos que o meu lema passou a ser "ou 8 ou 80", embora na altura não conseguisse traduzir por estas palavras. foi a partir daí que criei aversão por talvezes e logo-se-vêzes.
porque é que não me dizem simplesmente "não"? põe-se a hipótese de parte, não se sofre pelo caminho e, se por acaso vier a ser "sim", é só lucro!
há uma excepção a esta minha regra, e neste caso ainda não consegui perceber o que prefiro. e diz respeito às situações nas quais uma pessoa de quem gostas está muito doente. aqui, e só aqui, ainda não consegui perceber se prefiro que me digam para ter esperança ou para perder todas as esperanças.
mas por favor, de resto, um "talvez" é um "sim" com timing. não façam isso.
ou 8 ou 80.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

a pessoa que sempre acreditou que um dia eu ia escrever um livro e que ia fazer tudo para publicá-lo já não está cá para ver esse sonho concretizado. não interessava que eu fosse química e que soubesse que não tinha jeito nenhum para escrever - o único sonho que o meu avô tinha para mim não consegui concretizá-lo. faz-me falta saber que alguém neste mundo tinha uma fé inabalável em mim. apercebi-me finalmente de que sou muito menos eu agora.
e o pior é que não páro de me perder pelo caminho.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

para os que chegaram a ler o post que apaguei, o que eu queria dizer era: a minha vida tá uma merda e ainda há o técnico para complicar. tou farta. esperemos que dia 5 de dezembro acabe finalmente. a vida não vai melhorar, mas pelo menos posso-me concentrar nas coisas realmente importantes.
este post vai para aqueles que tinham lido o anterior e pensavam que eu ia cortar os pulsos a qualquer momento. não vou. young till i die. of natural causes.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

reflexões #15

cada pessoa tem uma coisa que a ajuda quando está triste - ver tv, cozinhar, ir ao ginásio, ler, ouvir música.


eu não tenho.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

reflexões #14

este ano mês-sim-mês-não trouxe uma desgraça. e eu que pensava que 2007 tinha sido mau... nunca mais vou desejar que acabe um ano e venha o próximo, pode sempre piorar.

e quando olhei para o lado vocês estavam lá. literalmente. é bom estar em casa, perto de vocês, para o bom e para o mau. angie, marta, vera... <3.
"juntas até ao fim". até no fim.