terça-feira, 7 de outubro de 2008

homenagem #13

agora que o fim está a chegar, aproveito para agradecer a todos aqueles que, embora à distância, me fizeram companhia durante estes soon-to-be 10 meses. obrigada por todos os (muitos) chats no msn ou gmail que me deram alento, pelos (alguns) emails simpáticos, por todas as (poucas) sms e por todos os (raros) telefonemas.

nestes meses poucas vezes me senti sozinha. não sinto que fiz o estágio longe de casa sozinha, até porque nunca o teria conseguido fazer. foi preciso sentir-me em casa longe de casa, sentir-me rodeada das minhas pessoas, e estas não me falharam. só por isso é que valeu a pena.

quando a pessoa precisa, olha à volta e vê quem está lá para ela, e a maior parte das vezes supreende-se. tive uma ou duas desilusões grandes, mas tive inúmeras boas surpresas.

e há alguma coisa melhor do que chegar a casa e ter uma surpresa no correio? não custa nada enviar um postal ou uma prendinha, claro, toda a gente sabe. e no entanto nem toda a gente se dá a esse trabalho. é preciso vencer a inércia e pôrmo-nos um pouco no lugar da outra pessoa. é preciso romper a teia do dia-a-dia e fazer o pequeno desvio para os correios, ou para o tabacs mais próximo para comprar selos, ou para o marco do correio do outro lado da estrada. mais que isso é preciso gostar da pessoa o suficiente. o suficiente para nos lembrarmos dela, e o suficiente para não nos limitarmos a dizer um "olá, tudo bem" no gmail chat.

e, para mostrar que dou valor a esse delta x que é preciso percorrer para darem essa alegria, mostro-vos a minha wall of fame.



um obrigada especial aos meus avós acima de todos, à minha família em geral, à ruiva, ao ricas, ao terra, à guedes, à vera e à natas.

porque houve dias em que eu cheguei muito cansada e triste, desanimada e desmotivada, e tinha palavras amigas escritas numa letra que me é familiar no meu quarto. sem ter que ligar o computador, sem ter que pegar no telemóvel, vocês entraram-me pela casa adentro, como quem quer à força que eu saiba que gostam de mim e que não há motivo nenhum para me ir abaixo. pelas vezes todas que, depois de entrar e casa e ver o postal, me encostei à parede e fui escorregando até ao chão enquanto lia coisas boas e fiquei um bocadinho sentada no chão a chorar mas de felicidade. e por todas as vezes que, apesar de chegar às 10 da noite depois de trabalhar 12 horas e não ter chegado a ver a luz do sol, li o vosso postal, abanei a cabeça, limpei as lágrimas e fui fazer o almoço do dia seguinte a cantarolar.

podemos amar muito na vida, muita gente e com muita força, mas se não o mostrarmos não serve para nada. assim como não serve para nada dizermos hoje "gosto muito de ti" e assumirmos que isso chega para toda a eternidade. vivo a vida com o cuidado de nunca me esquecer disso. obrigada por terem retribuído.

<3

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