terça-feira, 1 de setembro de 2009

amanhã por esta hora estarei de volta à alemanha.

tenho uma mala cor-de-laranja gigante aberta no meio do quarto e roupa por todo o lado; cremes, carregadores, garrafas de ginginha, vinho verde, vodka preta, porto e moscatel para enfiar lá dentro, os artigos que trouxe para ler e não li, roupa de inverno, galochas às bolinhas, guarda-chuva aos corações, 3 pares de all star e uns nike, fotografias da minha vida, etc.

a pergunta surge outra vez, ao fim de 4 meses: como é que se mete o coração numa mala para emigrar? como é que se leva todas as pessoas, coisas e sítios que nos constituem sem ultrapassar os 20 kgs?

a diferença é que da outra vez estava ansiosa por ir, apesar de ter medo; estava de coração partido e sabia que me ia fazer bem partir. agora estou bem cá, não há cá corações partidos nem paneleiradas dessas, só amor pela minha cidade luminosa e as minhas pessoas lindas e cheirosas. e também porque já sei como é a minha vida lá - ninguém para me cozinhar jantares maravilhosos (pelo contrário, só banana, leite ou pizza congelada 5 vezes por semana), 6 ou 7 horas de sono por noite durante a semana, 12 a 14 horinhas diárias de respirar solventes, fartar-me de estudar e sentir-me burra 24/7 à mesma, e por aí fora.

vou pegar em lisboa, inspirá-la toda até me doerem os pulmões e recomeçar a minha apneia. a única coisa que me consola são as wursts e radlers à minha espera! e, claro, as minhas pessoas de lá, que por sorte também as tenho :)

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