quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

reflexoes #26

para mim há dois tipos de atitude perante a tristeza e, portanto, aquilo que se podem considerar dois tipos de tristeza.

aquela tristeza que é mais uma melancolia, nostalgia, em que pensamos no passado, revemos a pessoa que somos; também quando perdemos alguém esta tristeza é natural, faz parte do processo. deste tipo de tristeza nao me tento livrar. esta é a tristeza que me faz ouvir antony and the johnsons ou kate nash e aceitar o facto de estar triste/pensativa e esperar que passe. outra coisa que faco, ou, por outra, que voltei a fazer após anos parada, é escrever, escarrapachar o que penso e sinto numa folha de papel para esvaziar a alma.

depois há a tristeza revoltada; a tristeza que se sente e que nao se quer sentir. quando nos partem o coracao pela milésima vez e já nao queremos mais, quando um suposto amigo nos faz alguma coisa que está para além da nossa compreensao e perdao, quando nos sentimos injusticados mas de qualquer modo a pessoa que nos magoou nao concorda que tenhamos motivos para isso e nunca irá pedir desculpa ou mudar. esta tristeza faz-me tomar atitudes drásticas de que preciso para voltar a ficar bem e que quase ninguém compreende, mas têm que perceber que nao o faco por mal, faco-o porque preciso; é a tristeza que me faz ouvir more than a thousand, trivium, bullet for my valentine, ignite, pennywise de seguida sem parar e ir a cantar pelo caminho que escolhi com toda a forca e violência que retiro das letras. zum Beispiel:

Take your teeth out of me
I have just begun to breathe on my own

é também este segundo tipo de tristeza que me faz voltar a ter 12 anos e organizar uma luta de bolas de neve depois do almoco, que toda a gente adorou e já se tornou num hábito diário pós-almoco :)
e, claro, tudo isto resulta lentamente num regresso à minha felicidade intrínseca. yaaay 2010!

Nenhum comentário: