lembram-se do meu breakdown religioso? se nao se lembram vao reler, porque a história de hoje é sobre isso.
em primeiro lugar ficam a saber que ainda nao deixaram de me descontar o tal imposto, só em abril, o que eu nao sabia e quando soube nao curti muito.
em segundo lugar têm que ficar a saber que recebi uma carta em casa. no envelope a minha morada vinha escrita à mao com caneta de tinta permanente e eu nao conhecia a letra, a morada e, vamos lá a ver, já ninguém escreve a tinta permanente! revirei os olhos em antecipacao ao que aí vinha. abri a carta e vinha em alemao, claro. tentei decifrar sobre o que era e percebi que quem me escrevia era um padre... ou pastor, nunca percebi a diferenca (pfarrer, em alemao). coisa boa nao era de certeza. agora posso-vos dizer, após detalhada traducao, que o senhor padre quer indagar sobre as causas que me levaram a uma crise de fé que consequentemente me levou a abandonar a minha religiao. mais, quer saber se foi alguma coisa que ele disse nalgum sermao ou se sao problemas pessoais e se podemos falar sobre isso, que ele está sempre pronto a ouvir-me. e, claro, poe o seu email, porque hoje em dia os padres sao modernos.
ó senhor, eu nao mudei de religiao e as minhas dúvidas e angústias certamente nao podem ser esclarecidas por si nem por mais ninguém que nao seja eu própria! e nao quero pagar um imposto ao meu, já de si, baixo salário para a quantidade absurda de horas que trabalho semanalmente por pertencer a um grupo religioso ao qual nao pertenco e com o qual nao concordo. estamos esclarecidos?
bom.
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