ao facebook.
eu tenho um vício grande que é o facebook. adequa-se totalmente à minha personalidade procrastinadora. toda a gente que me conhece bem sabe isso.
mas o que pouca gente sabe e/ou entende é o porquê. ao longo da vida cada vez vou detestando mais conversa de circunstância. adoro falar, falo pelos cotovelos, mas cada vez gosto menos de falar ao telefone, ou de falar com alguém que mal conheço só porque nos encontramos na rua. cada vez mais me apercebo de como as relações importantes que temos são imutáveis, independentes do facto de se falar todos os dias.
agora vivo a 2200 km de distância (give or take) da maioria das pessoas importantes da minha vida, não tive internet em casa durante 10 meses, e tenho várias pausas no trabalho durante o dia mas que duram muito pouco tempo. se somarmos todas estas dificuldades, o número de e-mails que enviei, o número de gmail chats que troquei, o número de telefonemas que fiz, é tudo irrisório; se fosse realmente determinante, já não teria amigos nem família.
as pessoas querem saber o que se passa cá, e eu lá vou escrevendo no blog, mas escrevo pouco porque não há feedback. sim, porque no blog ninguém comenta, ninguém pode postar nada. o blog é como escrever num caderninho. ninguém (ou quase ninguém) lê, só serve para organizar pensamentos, desabafar raivas e tristezas, tornar públicas alegrias, amores, orgulhos. eu quero feedback, preciso de saber como as pessoas estão, o que fazem e o que pensam. queria que toda a gente que conheço tivesse um blog.
como isso não acontece, há o facebook. o facebook é onde eu sei as coisas corriqueiras, os maus humores, vejo as fotos de onde as pessoas têm andando, onde posso contar o que faço no dia-a-dia, e receber palavras amigas de volta. no facebook pode-se perder 15 minutos por dia e saber novidades de uma dezena de pessoas. novidades pequenas, claro, que não se anunciam casamentos pelo facebook, nem passo a saber o quão difícil está a ser levar determinado projecto para a frente, ou se aquela pessoa anda a tentar engravidar, e se o tumor está em remissão ou não. claro. MAS é o saber estas pequenas coisas que faz com que eu não me sinta tão afastada das pessoas, do mundo que deixei para trás. saber que no sábado aquele teve uma festa temática com os amigos da faculdade, ver as fotos da neve maravilhosa que aquela apanhou no fim-de-semana nos alpes, conhecer as caras das pessoas que fazem agora também parte da vida dele, descobrir uma música nova por causa dela, ou saber que ele anda a ver esta série nova, ela vai para o perú 3 semanas, o outro comeu umas panquecas deliciosas no domingo. é como se tivesse um pé em todo o lado onde tenho alguém. e também é o que faz com que a minha mãe me pergunte pela claire e pela viviana, pelo hiro nakamura (porque nunca se lembra de jiwoong) e pelo ilija, porque é como se os conhecesse; é o que faz com que a guedes saiba o que se vai passando por aqui porque conhece as pessoas em questão e vai seguindo pelas fotos e status os desenvolvimentos das cusquices.
e, já agora, os meus facebookers preferidos, que consulto religiosamente, que me entretêm mais, que me fazem sentir perto perto, são:
ana sofia guedes
daniel jana
antónio rolo
maria joão marques
maria teresa castro
diogo mónica
pedro miguel laranjeira
ana faria
aqueles que têm facebook e não o usam, ou só usam para seu benefício: vão cagar à mata. mais valia apagarem a conta.
viv'ó facebook!
eu tenho um vício grande que é o facebook. adequa-se totalmente à minha personalidade procrastinadora. toda a gente que me conhece bem sabe isso.
mas o que pouca gente sabe e/ou entende é o porquê. ao longo da vida cada vez vou detestando mais conversa de circunstância. adoro falar, falo pelos cotovelos, mas cada vez gosto menos de falar ao telefone, ou de falar com alguém que mal conheço só porque nos encontramos na rua. cada vez mais me apercebo de como as relações importantes que temos são imutáveis, independentes do facto de se falar todos os dias.
agora vivo a 2200 km de distância (give or take) da maioria das pessoas importantes da minha vida, não tive internet em casa durante 10 meses, e tenho várias pausas no trabalho durante o dia mas que duram muito pouco tempo. se somarmos todas estas dificuldades, o número de e-mails que enviei, o número de gmail chats que troquei, o número de telefonemas que fiz, é tudo irrisório; se fosse realmente determinante, já não teria amigos nem família.
as pessoas querem saber o que se passa cá, e eu lá vou escrevendo no blog, mas escrevo pouco porque não há feedback. sim, porque no blog ninguém comenta, ninguém pode postar nada. o blog é como escrever num caderninho. ninguém (ou quase ninguém) lê, só serve para organizar pensamentos, desabafar raivas e tristezas, tornar públicas alegrias, amores, orgulhos. eu quero feedback, preciso de saber como as pessoas estão, o que fazem e o que pensam. queria que toda a gente que conheço tivesse um blog.
como isso não acontece, há o facebook. o facebook é onde eu sei as coisas corriqueiras, os maus humores, vejo as fotos de onde as pessoas têm andando, onde posso contar o que faço no dia-a-dia, e receber palavras amigas de volta. no facebook pode-se perder 15 minutos por dia e saber novidades de uma dezena de pessoas. novidades pequenas, claro, que não se anunciam casamentos pelo facebook, nem passo a saber o quão difícil está a ser levar determinado projecto para a frente, ou se aquela pessoa anda a tentar engravidar, e se o tumor está em remissão ou não. claro. MAS é o saber estas pequenas coisas que faz com que eu não me sinta tão afastada das pessoas, do mundo que deixei para trás. saber que no sábado aquele teve uma festa temática com os amigos da faculdade, ver as fotos da neve maravilhosa que aquela apanhou no fim-de-semana nos alpes, conhecer as caras das pessoas que fazem agora também parte da vida dele, descobrir uma música nova por causa dela, ou saber que ele anda a ver esta série nova, ela vai para o perú 3 semanas, o outro comeu umas panquecas deliciosas no domingo. é como se tivesse um pé em todo o lado onde tenho alguém. e também é o que faz com que a minha mãe me pergunte pela claire e pela viviana, pelo hiro nakamura (porque nunca se lembra de jiwoong) e pelo ilija, porque é como se os conhecesse; é o que faz com que a guedes saiba o que se vai passando por aqui porque conhece as pessoas em questão e vai seguindo pelas fotos e status os desenvolvimentos das cusquices.
e, já agora, os meus facebookers preferidos, que consulto religiosamente, que me entretêm mais, que me fazem sentir perto perto, são:
ana sofia guedes
daniel jana
antónio rolo
maria joão marques
maria teresa castro
diogo mónica
pedro miguel laranjeira
ana faria
aqueles que têm facebook e não o usam, ou só usam para seu benefício: vão cagar à mata. mais valia apagarem a conta.
viv'ó facebook!
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