segunda-feira, 6 de abril de 2009

eu detestava correr. ou achava que detestava.

aqui há coisa de 1 mês decidi que não podia continuar sem fazer nada e resolvi aproveitar os últimos 2 meses de "férias" para fazer desporto. correr é a primeira coisa em que se pensa, visto que não implica inscrições em lado nenhum; implica, isso sim, muita força de vontade. claro está que isto se torna um problema grave.

além de me inscrever num ginásio (o da paixão, para quem conhece), comecei a correr de vez em quando. inicialmente algo como 2 vezes por semana, agora pelo menos dia-sim-dia-não.

foi então que descobri que afinal não detesto correr; sinto-me muito melhor física e mentalmente e não é assim tão aborrecido.

tendo companhia é óptimo! o pior é sozinha... a minha melhor amiga é, claro, a minha clementina*, mas ainda assim não substitui o empurrão dado pela pessoa do lado.

no entanto, como só lá vai 1 mês, ainda não me fartei. vou ouvindo música bem alto para impôr ritmo à coisa, vou pensando na vida, e as melhorias no ritmo cardíaco (que vai diminuindo notoriamente de corrida para corrida) vão-me dando alento! além disso, ocupo o meu tempo de forma útil (não consigo passar o dia a fazer o puzzle).

estou satisfeita com a minha opção!






bom, mas tudo isto foi uma introdução para o que eu realmente aqui queria expôr hoje.

quando corro sozinha vou aqui para um spot mesmo em frente de casa, que há-de vir a ser uma urbanização mas que neste momento só tem as estradas feitas. tem então estradas, rotundas, lugares de estacionamento e, no sítio onde deviam estar os prédios, mato - ervinhas e florzinhas. neste momento acaba por servir para algumas pessoas que vão lá passear os cães, e para o pessoal da escola de condução aqui da rua treinar as manobras.

serve também para negócios ilícitos e passo a descrever o negócio ilícito nº2 (ao qual assisti hoje):

são sensivelmente 19h15, o sol ainda não se pôs, e estou eu na minha corridinha, a tentar manter-me abaixo dos 150 bpm. passo à direita de uma casinha da electricidade que há a meio do parque e qual não é o meu espanto quando vejo a olharem directamente para mim um senhor de uma certa idade e uma senhora jovem.

aqui há que referir que eu sou míope (mais ou menos 1,5 em cada olho) e corro sem óculos, e que o parque estava vazio à excepção destas duas pessoas que eu não esperava encontrar, porque ainda não tinha passado por ali e ainda não tinha reparado nelas.

e qual é o problema? - pensa o leitor desta longa e aparentemente desinteressante epopeia.

o problema é que o senhor está de pé encostado à casinha e a senhora está de joelhos no chão de frente para ele...

ora a maria, na sua inocência e pseudo-cegueira, pensa: eu não devo estar a ver bem o que está a acontecer e provavelmente a netinha do velhote está a ajudá-lo a apertar os sapatos ou qualquer coisa assim...

errado, como vamos ver!

a maria continua a correr, decidida que está a não se deixar escandalizar com a possibilidade de algo perfeitamente natural (embora não naquele local).

aqui é de referir que o sol continua a brilhar e os passarinhos a cantar.

cusca como é, a maria volta a passar na zona para esclarecer o mistério. sem nunca se aproximar muito, volta a olhar e verifica que a "netinha" continua de joelhos mas, desta feita, com a cabeça encostada à zona pélvica do "velhote".

a maria fica ligeiramente escandalizada, mas continua a culpar a miopia.

daí a sensivelmente 2 minutos, a maria repara que o "velhote" entrou para um carro estacionado ali perto e a "netinha" vai a pé por ali fora em direcção à parte de trás do parque.





embora não queira fazer ilações precipitadas, penso que podemos chamar a este O Negócio Ilícito nº2.


o que é que acham?






* clementina

Um comentário:

Rafaela disse...

Amiga... tou chocada! Não corras mais!!!! :) lolol bisousssssssss