ultimamente as minhas conversas giram todas à volta da quarter life crisis. no meu caso é capaz de ter sido agravada pelo 2008 que tive, mas em geral todos estão a passar por isso, pela nova adolescência.
é difícil termos total confiança em nós, sabermos o que queremos da vida, encontrarmos um trabalho que nos preencha, saber deixar para trás o que já é tempo de ultrapassar e ao mesmo tempo abraçar as oportunidades que nos aparecem sem termos problemas de identidade. as relações com os nossos amigos mudam, porque agora cada um tem a sua vida e agora há um esforço envolvido no manter das relações que antes não tinha que existir. a separação da família acontece mais tarde e é difícil fazer isto sem ferir susceptibilidades e da forma mais natural possível. aquilo que antes era o único caminho a seguir (arranjar um trabalho depois de acabar o curso, casar e ter filhos) agora não funciona. praticamente nenhum casal fica junto para sempre, o divórcio é uma fase da vida como outra qualquer. não é fácil arranjar trabalho e muitas vezes temos que passar anos a investir no resto das nossas vidas antes de conseguir arranjar algo que nos preencha.
por tudo isto andamos à procura de respostas. redescobrimo-nos, voltamos a colocar questões que nem estávamos à espera de ter por esta altura. e isto é confuso.
tudo é particularmente complicado nos casos em que o sair de casa não é simplesmente sair de casa, mas sim mudar de país, de língua, de amigos, de tudo o que se conhece. a nossa história, tudo aquilo que nos transformou no que somos hoje, está longe.
claro que este assunto dá para horas e horas de discussão e muito já tenho falado sobre isto diariamente com as mais diversas pessoas, mas agora não tenho tempo. tenho uma mala para fazer. o countdown continua.
é difícil termos total confiança em nós, sabermos o que queremos da vida, encontrarmos um trabalho que nos preencha, saber deixar para trás o que já é tempo de ultrapassar e ao mesmo tempo abraçar as oportunidades que nos aparecem sem termos problemas de identidade. as relações com os nossos amigos mudam, porque agora cada um tem a sua vida e agora há um esforço envolvido no manter das relações que antes não tinha que existir. a separação da família acontece mais tarde e é difícil fazer isto sem ferir susceptibilidades e da forma mais natural possível. aquilo que antes era o único caminho a seguir (arranjar um trabalho depois de acabar o curso, casar e ter filhos) agora não funciona. praticamente nenhum casal fica junto para sempre, o divórcio é uma fase da vida como outra qualquer. não é fácil arranjar trabalho e muitas vezes temos que passar anos a investir no resto das nossas vidas antes de conseguir arranjar algo que nos preencha.
por tudo isto andamos à procura de respostas. redescobrimo-nos, voltamos a colocar questões que nem estávamos à espera de ter por esta altura. e isto é confuso.
tudo é particularmente complicado nos casos em que o sair de casa não é simplesmente sair de casa, mas sim mudar de país, de língua, de amigos, de tudo o que se conhece. a nossa história, tudo aquilo que nos transformou no que somos hoje, está longe.
claro que este assunto dá para horas e horas de discussão e muito já tenho falado sobre isto diariamente com as mais diversas pessoas, mas agora não tenho tempo. tenho uma mala para fazer. o countdown continua.
2 comentários:
Desejo-te a melhor sorte nesta nova fase e espero ke corra bem a tua adaptacao, sei ke n e' facil "desprender dos ke ficam" mas tb sei ke tens um espirito invencivel, portantos, godspeed 3inha!*****
compreendo tão bem este teu desabafo...
também eu o faço desde há dois anos para cá com as pessoas que me são mais próximas.
É o Mundo que temos. Calhou-nos esta geração, e agora?
Chegamos aos 30 anos e vamos ser Quem?, Onde? e Porquê?
A maneira de construir a vida hoje em dia é completamente diferente de há 10 anos atrás. E será que os caminhos que seguimos são mesmo construtivos?
Será que este desenraizar todo, esta mobilidade e globalidade toda...é 100% construtiva?
talvez tenha a sua quota de destruição que embora não nos seja evidente ao início é, a longo prazo, uma consequẽncia grave.
Postar um comentário